terça-feira, 5 de outubro de 2010

Batucada do não real. Quis dizer... Real

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Concentre-se no sentido
Vamos! Dê sentido para a coisa
Mantenha... a... concentração...
Isso não é um batuque
Isso é a coisa, a coisa se fazendo coisa
Percebe agora a força desse ser que não existe?
É uma loucuro eu sei
Mas quem disse que havia algo na vida que não era loucura?
Rearuaeuruaer
Demos riso, pois isso era a única coisa a se fazer
Estávamos mortos e eu ria disso
Estávamos mortos e eu ria disso
Estávamos mortos e eu era isso
Um outro ano
A música se repete sem fim, pois nós, meus caros não-seres, não existimos
Reaureaureauaeruaerureauearuaerureauraeureaurea
Morremos, morremos somos mortos
Fim acabou
Agora é se arrastar no chão e apodrecer
Vermes e novo pó
Seremos outro no outro mundo
Nosso ossos alimentarão plantas e tudo o mais
Nossos átomos serão usados para outras eternidades
Pena que nunca soubemos o que eram os átomos
Mas afinal o que nós somos mesmo?
Não sei!!!
Reaureaureuaeuraeuruaeurae
E ela vem rápida meus queridos mortinhos
Nos torna ossos lhes direi
Eu que há muito já morri de muito sei
Sei que somos nada
Sei que somos o não ser fedendo a carne
Não acreditam em mim?
Então vcs ainda não morreram
Ou não sabem que já morreram
Com certeza um dos dois
Eu sei
Foi o nada que me contou
Ops!
Quis dizer Deus

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sol de Concreto

Nasce mais um sol de concreto. Esquentando o asfalto, incomodando mendigos bêbados e trabalhadores cansados. As baratas vão dormir e os motores começam a rugir. Pessoas marcham e reclamam do calor. Dinheiro sujo troca de mãos. Cortam-se unhas penteiam-se cabelos. Comem, cagam e pedem para o sol de concreto ir embora. O sol não se apressa, mas também não para, exceto se for para os judeus matarem os Jebuseus. Gritos, gritos, fumaça,
fumaça. O sol se põe. Gritos fumaça.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Aquilo foi desesperador!

É tudo inventado. O conhecimento é inventado. Só existem os objetos. O resto é imaginação.

O centro era velho, o centro fedia, o centro foi abandonado, quebrado, escarrado. Tudo era a perfeita simbiose entre o ser e a merda. Era triste. Fiquei com medo de ser morto, assaltado, currado. Eu devia ser um covarde. Imaginei alguém da região rindo de mim e dizendo que faz uma semana que não vê um assalto. Eu nunca vou ao centro e sempre vejo assaltos. Fiquei imaginando ratos saltando de cada bueiro escancarado. A calçada era enorme, mas os mendigos eram tantos que não cabiam nela. No local mais bonito acontecera a chacina da candelária. Fiquei imaginando crianças tomando tiros de policiais.
Finalmente cheguei ao CCBB. Um lugar lindo fantástico com lustres e tetos altos. Luz, segurança, limpeza e a sensação de estar em um lugar que foi feito para muitas pessoas. Não havia nenhum muro que separasse o centro cultural do centro cotidiano, no entanto ambos eram completamente diferentes. Num tudo brilhava no outro tudo fedia. O mais estranho é que as pessoas que andam no CCBB são diferentes das que andam lá fora. Elas não são mendigos, elas se vestem bem e têm barbichas. Dá para ver que são artistas e intelectuais. Se não são estão se esforçando para demonstrar que são. Entrei numa festa a fantasia!
Passou um show de bizarrices guardadas para outras histórias.
Depois sai, conversei, samba, bebida, mulher não necessariamente nessa ordem e não necessariamente com a mesma intensidade.
Eu também estou morto.

domingo, 12 de setembro de 2010

28/08

Caralho! Caralho! Agora sim estou escrevendo aqui nesta sala na frente de Buddah e de um espelho mágico com a árvore da vida e as luzes que ficam mais escuras e mais claras. Estou louco, louco e insano, mas quem não está?

Insanos em seus carros velhos e seu ar respirado. Ar velho e tossido ressequido distorcido perdido inaceitável irrespirável. O cúmulo do ar perdido numa noite desaurida e fudida.

Sons de canos nas paredes e de pessoas nas ruas, de insetos nas árvores e do meu próprio corpo no embrulho da carne. Todos os 4 ressoando sem sentido.
Sentido sem linho perdido no labirinto de um minotauro que nunca morreu. Ele está ali falando respirando. Pedindo seu sangue seu corpo e seu cú. Esteróides perdido numa noite louca.
A própria noite louca. Ela em si louca.
A força da natureza que nos envolve se retorcendo e maldizendo o não existir.
Dê uma mulher água-virtual-lágrima perdida cantada.
Pena que no final era tudo poluição.
Perdida Rejeitada
Cansaço de uma noite perdida.
Construída e descontrolada.
A vida é isso que vem e vai.
Suas mentiras verdades.
Seu belo meio termo.
Sendo seguido................
Sem sentido

Tanto respirar e tanta força.
Caminhos que vem e caminhos que vão.
Nações específicas e genéricas matando seus homens enquanto a maré vem e vai.
E alguém aspirando ao céu.
E vc vê o céu e esquece o céu.
Vem, vai, corre. É o próprio sentido da vida neste não sentido.
Dizer e desdizer com todas as minúcias até o próprio ar das palavras virar pó.
Então já seremos isso, sofrido, corrompido.
A essência o verme-Deus.

Ali no Todo. Burroughs, Ginsberg, Jesus, Buda, Deus, Eu, Vc nada e tudo. Dizendo e desdizendo, se entrelaçando em cada coisa e depois morrendo se for para morrer

E vivendo o ser e não ser a mesma coisa. Não é para ser compreendido o universo e a loucura. É o futuro e é o presente em todas as dimensões.

Por que é que existe a grande revelação se a gente continua na merda?

Enquanto vc quiser saber vc não vai descobrir, pois está no existir.
E vc fica puto, xinga a eternidade e cai e rola
E arranca a sua própria perna
Espalha seu sangue e odeia, mas transa e soca sem nunca compreender nada
Como lesmas de óculos
Somos nós.

Pobres pessoas perdidas.
E que se foda
Mas disseram não.
Lute liberte respire e morra.
Triste e sem sentido numa telepatia universal
e nós aqui sem saber falar e existir

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Começo/Fim

Começo
Fim

Começo do Começo
Fim do Começo
Começo do Fim
Fim do Fim

Começo do Começo do Começo
Fim do Começo do Começo
Começo do Fim do Começo
Fim do Fim do Começo
Começo do Começo do Fim
Fim do Começo do Fim
Começo do Fim do Fim
Fim do Fim do Fim

Começo do Começo do Começo do Começo
Fim do Começo do Começo do Começo
...

domingo, 29 de agosto de 2010

Bichos

Somos bichos. Bichos que andam em pé. Bichos que se acham importantes e sabem chorar. Bichos que constroem coisas, mas acima de tudo isso somos bichos. Comemos, cagamos, nos reproduzimos e morremos. A Inteligência é um embuste, é um engano, um acaso. É como ter penas. Nos distingue dos outros bichos, mas não é nada demais.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Entre uma e outra

As pessoas são loucas. Insanamente loucas. Insuportavelmente loucas. Loucas! Loucas! Loucas! Mas sejamos justos, nós também somos. Somos chatos, egoístas, maníacos loucos pelo nada e por coisa alguma. Todos se sentem ofendidos. Todos querem diferenciar o ser e o não ser. Eles são algo e não são outra coisa. Ser ou não ser é importante para caralho!! Mas ser o que? Ninguém sabe o que é e tem raiva de quem sabe. Malditos humanos. Por que tive que nascer numa raça tão miserável? Uma raça que não se digna a ser escrota e nem opta por ser sábia. É uma incrível merda de meio termo. Nós olhamos e não nos decidimos. Temos raiva de quem se decidiu. Quem optou por odiar era um idiota e quem optou por amar se fudeu. Se nós amamos algo logo surge outra coisa para ser amada. Outro ser putrefato em agonia querendo ser amado. Nós nos rendemos de novo e de novo e de novo. Nos rendemos a tudo e a nada. Por que? Por que não escolhemos? Nós sabemos por que não escolhemos. Por que se escolhermos ganharemos responsabilidades. Quem suporta as responsabilidades? Elas são muitas, muitas, muitas, muitas... Eu me canso de escrever e elas continuam surgindo e me esmagando. Até esse próprio texto que era só um desabafo ameaça me engolir. Como o próprio maleus nefandorum do mundo. O livro que nos ensina a ser maléficos. Um texto pérfido, mas que sempre nos perseguem. Dizem que se você aceito o livro do maleus nafandorum você nunca mais poderá se livrar dele. Se você jogá-lo pela janela ele estará na sua frente. Se você queimá-lo no dia seguinte ele estará inteiro em cima da lareira. Se você fugir ele estará lá. No banco ao seu lado, na sua mochila, na sua mesa... O livro está sempre lá pedindo para ser lido. E se você lê... Você morre. Você passa a ser um monstro, tudo o que há de ruim. Sim... Aquilo está lá. Pronto para inverter seu avatar. Pronto para transformá-lo em tudo o que você odeia. O amor se torna ódio depois das teias do livro. Como vencê-lo? Como escapar de nossa maldição de comedores de infernos? Comemos outros seres vivos. Eles são humanos, os outros seres vivos são humanos, isso nos exaspera! Queríamos que eles não fossem humanos. Queríamos que eles fossem nada. Queríamos que eles fossem coisa alguma. Queríamos que eles fossem agulhas, meros instrumentos. Queríamos que eles servissem para costurar e pronto. FIM. Não podemos costurar com outros seres vivos. Então queremos matá-los. E come-los. Queremos que sejam nossa carne. Nossos braços e escravos. Pó e vento... É isso que a humanidade quer. Ela quer isso de si própria, mas heroicamente ela resiste. Resiste ao seu ímpeto louco e inevitável de auto destruição. Resiste com coragem, bravura e insânia. Insânia, pois quem ataca é ela mesma. Um golpe do corpo contra o próprio corpo. Como um louco que se auto mutila. *Só a violência pode parar a violência. É isso que essa história conta. Dois povos se odiando. Como isso é possível? Digam-me sábios e gênios: Como pode a humanidade se odiar? É normal. Ódio é normal. Todos sabemos disso. Odiamos e nos refestelamos na lama de nossos sentimentos. Porque não há como fugir deles. Caralho, como eu me detesto. Isso não seria tanto problema se eu fosse o único. Mas todos nós nos detestamos. Todos querem matar uns aos outros! PQ!!!!????? Chega! Não agüento mais este ciclo. Não agüento mais essa escrita. O ponto é... Dividimos as tribos. Tem os que nós entendemos e os que nós não entendemos. Vou me expressar melhor. Tem os que nós nos importamos e os que não nos importamos. Quando a humanidade fez isso. Ela passou a odiar todos os seres vivos. Passou a odiar a própria vida. Pois separar em ser e não ser é o fim. Um fim lento e pavoroso, mas definitivamente é um fim.